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Mitch Korolev/Woodwell

Celebrando três décadas de atuação em prol da Amazônia e do Cerrado

O que muda em 30 anos?

Em 1995, quando o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) iniciava sua trajetória em Belém, no Pará, as mudanças climáticas ofereciam sinais do que seria viver em um planeta extremo.

Três décadas depois, a ciência confirmou 2024 como o primeiro ano a ultrapassar 1,5°C acima da temperatura média global¹ – limite estabelecido no Acordo de Paris para frear o superaquecimento da Terra. Ainda que o marco não represente a barreira científica estipulada, já que esta é medida em décadas, serve de alerta.

O clima alterado pela ação humana revelou cada vez mais eventos extremos de secas, enchentes e ondas de calor. Se nos anos 1990 o Brasil registrava cerca de 725 desastres climáticos por ano, a partir de 2020 esse número subiu para 4.077².


1 – Organização Mundial de Meteorologia
2 – Caderno Técnico I – 2024: o ano mais quente da história. Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica. 2025.

Mitch Korolev/Woodwell

Pedro Alcântara/M’bóia

Populações e comunidades na Amazônia e no Cerrado estão entre as que mais sofrem os efeitos da emergência climática. Ainda, sistemas de produção alimentar e de commodities sofrem perdas de safra, renda e trabalho a cada ano de clima instável.

É pensando em criar soluções de larga escala e com equidade de benefícios que o IPAM trabalha em diálogo com múltiplos setores da sociedade. Nestes 30 anos, muitas são as conquistas para a conservação e a produção sustentável junto a parceiros de órgãos públicos, entidades privadas e da sociedade civil.

Com um caráter de atuação único, o IPAM desenvolve soluções do nível micro ao macro: produz ciência lastreada nos territórios e compartilha tudo isso de forma a apoiar a criação de políticas públicas e de mecanismos internacionais.

Navegue e descubra cada peça que faz do IPAM hoje uma das instituições de pesquisa ambiental independente mais respeitadas no mundo.

Conheça nossa história

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Os parceiros do IPAM têm nome e sobrenome

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Linha do tempo

Década de 1990

1995 – IPAM é criado em Belém, Pará.

1998 – Lançamento do Risque, ferramenta que ajudou a estabelecer uma legislação de manejo correto do fogo.

Década de 2000

2000 – Publicação do relatório sobre os efeitos negativos na Amazônia do “Avança Brasil”, grande plano federal de investimento em infraestruturas.

2001 – Início do projeto “Seca Floresta”, que analisava o impacto de um cenário menos chuvoso na Amazônia.

2002 – IPAM cria, com parceiros, o Observatório do Clima, uma das redes do terceiro setor mais ativas na questão climática.

2003 – IPAM lança, com parceiros, o conceito de “redução compensada do desmatamento”, que baseou o mecanismo do REDD+.

2004 – Começa o projeto de savanização, que simula os efeitos do fogo na degradação da floresta na Amazônia.

2005 – IPAM ajuda a criar e a coordenar o Plano Socioambiental para o Desenvolvimento da BR-163 e Xingu, usando como base o Plano BR-163 Sustentável, do governo federal, um marco de governança participativa na história de empreendimentos do país.

2008 – Lançamento do livro “REDD no Brasil: uma perspectiva amazônica”.

2009 – IPAM ajuda a criar o CIDS, primeiro consórcio de municípios que tem como foco a redução do desmatamento e do fogo.

Década de 2010

2011 – IPAM e parceiros demonstram a importância das áreas protegidas, em artigos científicos, para o equilíbrio climático, o que contribuiu para a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas.

2012 – IPAM lança o projeto Assentamentos Sustentáveis na Amazônia.

2014 – IPAM realiza estudo sobre o desmatamento em assentamentos, que é utilizado como base do programa Assentamentos Verdes, do Incra.

2015 – IPAM e parceiros ajudam na formulação da estratégia Produzir, Conservar e Incluir, lançada pelo governo de Mato Grosso.

2016 – IPAM ajuda a criar e a coordenar o Plano Socioambiental para o Desenvolvimento da BR-163 e Xingu, usando como base o Plano BR-163 Sustentável, do governo federal, um marco de governança participativa na história de empreendimentos do país.

2019 – Subsidia debate técnico sobre o acordo Mercosul/União Europeia.

Década de 2020

2020 – Publicação de artigos e relatórios sobre a dinâmica de grilagem em florestas públicas não destinadas da Amazônia.

2021 – Contribui tecnicamente para a construção do conceito “dano climático” considerado em ações do Judiciário e do Ministério Público.

2021 – Artigo científico revela, de forma inédita, sobre o efeito do desmate e mudanças do clima e da agricultura.

2022 – IPAM e parceiros revelam estudos sobre ação de grileiros para o desmatamento.

2023 – Projeto mapeia as áreas de florestas públicas não destinadas da Amazônia que podem ter a destinação definida.

“Assim como os rios têm seus encontros, o IPAM e as histórias das pessoas se conectam para um bem maior de manter Amazônia e Cerrado pulsando vivos”

Alcilene Cardoso, pesquisadora do IPAM

Sara Leal/IPAM

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