*Por Nikole Cantoara
A ciência é um dos pilares para conciliar a convivência humana à conservação da natureza. Foi o que defendeu André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e Enviado Especial da Sociedade Civil para a COP30, em debate sobre desenvolvimento humano e social, promovido pela UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia),
“Nós podemos prosperar junto à natureza, não é necessário destruir. Podemos interagir de forma sustentável e trazer a atividade humana alinhada à conservação. Sem floresta não há alimento e, sem ela, não há estabilidade climática”, afirmou Guimarães durante sua participação no evento.
As florestas tropicais contribuem para a distribuição de chuvas e estabilização do clima, criando condições climáticas favoráveis para a produção.
Durante a transmissão, o diretor reforçou a necessidade de políticas como o REDD+ (Remuneração de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), mecanismo para remunerar países a manterem florestas.
”Sem a busca por métodos e planos, os impactos geracionais das mudanças climáticas começam a se revelar. Consequentemente, populações vulneráveis, distantes de serviços públicos, e países carentes de recursos, são os primeiros a sentirem o impacto”, ressaltou o diretor.
Guimarães mencionou que, para a COP30, é primordial colocar os planos e as projeções em prática. “É uma reunião vital e absolutamente planejada. Precisamos trazer a implantação das ações, sair do discurso, mudar a chave da negociação e ir realmente para a prática. Essa convenção vem com muitas expectativas, novos ciclos e novos acordos que trazem uma série de simbolismos que desempenham um papel importante na entrega de esperança para a virada de chave na saída dessa grande enrascada climática”.
Estagiário de comunicação*

