O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) lamenta a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos de idade. Em seus 12 anos na liderança da Igreja Católica, o pontífice exaltou a proteção da Amazônia e de seus povos, em especial indígenas e ribeirinhos.
“Sentimos a perda de Francisco, o primeiro papa latino-americano e um aliado na proteção da Amazônia. Suas palavras de sabedoria foram recebidas em todo o mundo como um esforço no diálogo pela ação climática e cooperação internacional em prol da nossa casa comum”, diz André Guimarães, diretor executivo do IPAM.

Papa Francisco em visita a povos indígenas na Colômbia (Foto: Servizio Fotografico L’Osservatore Romano)
Francisco foi o primeiro papa a convocar um Sínodo para a Amazônia, realizado em 2019 com o objetivo de tratar da realidade Pan-Amazônica. Em reflexão, publicada na exortação apostólica pós-sinodal “Querida Amazônia”, o papa escreve sonhar “com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida”.
Anos antes, em 2015, às vésperas do Acordo de Paris, Francisco também foi pioneiro ao publicar “Laudato Si”, uma carta encíclica sobre o cuidado com o planeta, a casa comum da humanidade. No documento, ressalta: “O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral”.
O mesmo texto cita São Francisco de Assis, santo católico que inspirou a escolha do nome papal de Jorge Mario Bergoglio, como “exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade”.
Com pêsames, o IPAM se solidariza diante da comunidade católica global e faz votos de que a próxima liderança desta Igreja siga os passos de Francisco, rumo ao desenvolvimento sustentável com equidade e respeito.