IPAM e parceiros buscam soluções para o desmatamento na Amazônia

9 de março de 2023 | Notícias

mar 9, 2023 | Notícias

No próximo dia 13 de março, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) se unirá a cientistas, gestores públicos, representantes de povos e comunidades tradicionais, produtores rurais para o evento “Degradação das florestas amazônica: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções”. O encontro é aberto ao público, por meio de inscrição gratuita, e será realizado no campus de pesquisa do Museu Emílio Goeldi, em Belém (PA), das 8h às 17h30.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o IPAM, a Embrapa Amazônia Oriental, o Governo do Estado do Pará, o Museu Paraense Emílio Goeldi, a Universidade de Lancaster (Reino Unido), o INPE (Instituto de Pesquisas Especiais), o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e o Woodwell Climate Research Center. Seu objetivo é ampliar o conhecimento da sociedade sobre a degradação florestal como um problema sistêmico, compartilhar experiências exitosas e ainda buscar soluções conjuntas com o poder público, povos e comunidades tradicionais, ciência e segmento produtivo.

De acordo com um dos mais recentes estudos realizado por instituições de pesquisa nacionais e internacionais, o fogo, a extração ilegal de madeira e o efeito de borda da agricultura, causados pela ação humana, estão entre as principais causas de degradação da floresta. Esses fatores já comprometem mais de um terço (38%) de toda a cobertura florestal que ainda resta na Amazônia. Diferente do desmatamento, onde a vegetação é suprimida e a floresta deixa de existir, na degradação, a vegetação permanece, mas em diferentes estágios de degeneração, com perda de biodiversidade e impacto negativo na provisão dos serviços ambientais.

“Muito se fala sobre o desmatamento da Amazônia, mas existe um processo de degradação lento e sorrateiro que tem afetado a qualidade das florestas da região e seus serviços.” afirma a pesquisadora e diretora de Ciência do IPAM, Ane Alencar. Segundo ela, os incêndios são os principais responsáveis da degradação florestal. “Com a redução do fogo na paisagem haverá, consequentemente, uma diminuição na degradação”, explica.

Além dos impactos sobre o clima, como a emissão de gases de efeito estufa, e o comprometimento dos serviços ambientais prestados pela floresta, a degradação tem efeitos negativos na economia e na qualidade de vida das populações amazônicas. “Ela impacta na relação que as populações têm com a floresta, na qualidade de vida, migração, educação, saúde pública e identidade cultural”, afirma a pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Joice Ferreira.



Este projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Saiba mais em brasil.un.org/pt-br/sdgs.

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