O Observatório do Clima (OC), do qual o IPAM faz parte, lançou a campanha “1,5°C: o recorde que não devemos quebrar”, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o risco de passarmos o limite de 1,5°C de aquecimento global. Esta é uma chamada à ação para evitar riscos alertados pelos cientistas, como inundações, quebras de safras e outras ameaças sociais, econômicas e à saúde.
Os 15 anos mais quentes já registrados na história ocorreram neste século: 2015 foi recorde, desde o início das medições em 1880, e tudo indica que em 2016 será ainda pior. Se continuarmos neste ritmo, enfrentaremos problemas cada vez mais graves de abastecimento de água e produção de alimentos, além da maior disseminação de epidemias transmitidas por mosquitos.
Por isso, 1,5°C é o recorde que não devemos quebrar.
Para manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C em relação à temperatura registrada no início da Revolução Industrial, reduções significativamente maiores de emissão de gases de efeito estufa precisam acontecer nos próximos 35 anos. Na prática, isso significa em curto prazo mais investimentos, mas também mais empregos e oportunidades –, em longo prazo, mais saúde e qualidade de vida. Para os investidores, os aportes maiores serão compensados pela redução nos impactos das mudanças climáticas.
Uma das formas de reduzir as emissões é zerar o desmatamento. O IPAM defende que o fim do desmatamento amazônico até 2025 é possível e que só assim a floresta, e quem depende dela, poderá se adaptar às mudanças climáticas. O desmatamento da Amazônia pode ser eliminado e ainda assim gerar ganhos para o setor produtivo, para o meio ambiente e para a sociedade em geral
Precisamos zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até a metade do século. Isso significa eliminar todo o desmatamento e trocar combustíveis poluentes por energias limpas. Isso implica, por exemplo, eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis.
Quer saber como atingir o desmatamento Zero? Saiba mais em “Desmatamento Zero: possível e urgente”