COP27 ainda deve definir negociações globais sobre financiamento

18 de novembro de 2022 | Notícias

nov 18, 2022 | Notícias

Quinta-feira (17) foi o penúltimo dia da COP27: diminuiu o número de pessoas circulando no evento e aumentou o tráfego de aviões cruzando o céu de Sharm El-Sheikh – o aeroporto é vizinho ao centro de convenções onde ocorre a conferência do clima. A COP27 termina nesta sexta-feira (18) com programação quase ininterrupta, como no espaço do Brazil Climate Action Hub, que recebeu, no início da manhã de ontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ainda na tarde de quinta, Lula participou da Plenária dos Povos, com presença de representantes de povos indígenas e da sociedade civil em apoio à Declaração de Justiça Climática dos Povos.

No Consórcio da Amazônia Legal foi realizado o painel Sistemas Sustentáveis de Produção Pecuária e Reinserção Ambiental de Pequenos Produtores em Mato Grosso, que contou com a participação de Mauro Mendes, governador do Mato Grosso, e de Richard Smith, coordenador regional do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) no estado.

O que já foi definido e o que falta concluir

Com o tempo para as negociações quase esgotado, a lista de questões pendentes ganhou resoluções. Temas mais controversos quanto ao financiamento foram direcionados para a próxima etapa, pós-conferência, a ser conduzida pelos ministros dos países.

É o caso de definições há muito esperadas, como financiamento de perdas e danos, o plano de trabalho de mitigação e o Objetivo Global de Adaptação, que foram tema de uma sessão plenária de balanço, no final da noite de ontem, conduzida por Sameh Shoukry, presidente desta edição da COP. Diante de modestos progressos, Shoukry pediu às partes espírito de compromisso e que estejam cientes de que “nosso trabalho aqui afeta vidas”. Nesta sexta-feira, a presidência da conferência deve publicar a primeira versão do texto completo sobre as principais decisões tomadas nas negociações.

Representantes de países insulares, países considerados em desenvolvimento e de nações latino-americanas convocaram uma coletiva de imprensa emergencial. Esses países solicitaram um novo fundo – ou equivalente – para perdas e danos como um resultado “mínimo” da conferência. Qualquer coisa menos, segundo os representantes, significaria uma falha da COP27 em atuar pela justiça climática.

Plenárias de encerramento deram andamento às decisões que estavam prontas para adoção, como os relatórios do Mecanismo de Tecnologia, da ACE (Ação sobre Empoderamento Climático), dos comitês de conformidade do Acordo de Paris e do Protocolo de Quioto, bem como questões organizacionais e financeiras. Consultas sobre o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) foram concluídas, e delegados destacaram as áreas em que o trabalho técnico apoiará a implementação do MDL como novo mecanismo de mercado, conforme previsto no Acordo de Paris.

Entre os temas ainda em negociação, destacam-se o Objetivo Global de Adaptação; financiamento de perdas e danos; o plano de trabalho para aumentar urgentemente a ambição e implementação da mitigação; a implementação cooperativa do Artigo do Acordo de Paris; finanças (incluindo a nova meta quantificada coletiva sobre financiamento climático) e medidas de resposta.



Este projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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