Paloma Costa: “Precisamos definir rumos para um futuro possível coletivamente”

10 de junho de 2022 | Notícias

jun 10, 2022 | Notícias

Por Lays Ushirobira*

As eleições de outubro deste ano no Brasil – que vão definir representantes para os cargos de presidente da República, governador, senador e deputados federais e estaduais – serão chave para a agenda climática e a Amazônia. “Eu diria que vão ser as eleições da vida: ou vamos atestar o nosso óbito conjunto, ou vamos definir rumos para um futuro possível”, disse Paloma Costa em entrevista à equipe do Amazoniar, iniciativa do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) para promover um diálogo global sobre a Amazônia.

Assessora no ISA (Instituto Socioambiental), Jovem Conselheira em Clima do Secretario-Geral da ONU, Paloma é uma das lideranças da juventude que estão na linha de frente em defesa da pauta socioambiental no Brasil. Formada em Direito e atualmente estudando Antropologia na Universidade de Brasília, a ativista reforça a importância da construção coletiva e participação de todos no processo de tomada de decisão na agenda climática. “Se o movimento não for construído no coletivo, não vamos chegar a lugar nenhum”, destaca.

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Do que você tem mais orgulho de ter feito pela Amazônia ou pela agenda climática em geral?

O que me dá mais orgulho é a oportunidade de dialogar com juventudes nos territórios, ajudar a escrever um projeto, pensar como articular a juventude. É conectar essas demandas com as da juventude latina, e unir o que acontece, por exemplo, no território Yanomami com as queimadas que acontecem na Argentina ou com a eleição de Boric no Chile. Tenho muito orgulho da construção coletiva e de ver os jovens liderando cada vez mais espaços dentro das suas comunidades, mostrando que se essa mudança não vem rápido, nós já estamos nos mobilizando. Eu acredito no meu povo brasileiro: nós vamos mudar tudo isso nas urnas em outubro.

Qual foi seu maior aprendizado até aqui e que você gostaria de passar para frente também?

Acho que o maior aprendizado que tive em toda essa trajetória é justamente de que essa luta é coletiva. Na história do movimento da juventude, é inegável a contribuição da Greta [Thunberg] para nossa visibilidade, mas nós sabemos a mudança e o impacto que traz quando colocamos na linha de frente pessoas como Txai Suruí, Hamangaí (Pataxó Hã-Hã-Hãe), Val Munduruku. Jovens pelo mundo inteiro se levantam para manter a Amazônia em pé, proteger a democracia no Brasil, e frear essa destruição que está acontecendo. Reunimos mais de 20 mil pessoas em Brasília e, ainda assim, o Congresso Nacional entendeu que seria ótimo aprovar o PL 191, mesmo contra as pessoas que estavam na rua. Entender que temos que valorizar mais a sociobiodiversidade do que buscar um herói e que todos nós temos que ser heróis na luta pelo clima, porque senão vamos todos entrar em extinção nesse planeta.

Qual é sua leitura do que está acontecendo na Amazônia hoje?

Em 2019, vimos uma grande mudança em toda a nossa estrutura socioambiental: a extinção de conselhos do meio ambiente; a mudança de funções em ministérios; a perda de um grande braço do Ministério do Meio Ambiente, que tratava das questões do clima. Como resultado, no mesmo ano vimos a Amazônia queimar e o céu de São Paulo escurecer em plena tarde. Ativistas foram presos e ameaçados. Queimamos áreas equivalentes a campos de futebol na Amazônia, destruímos mais de um bilhão de árvores de um ano para outro, e batemos recordes de desmatamento. De lá para cá, continuamos batendo recordes de destruição a cada ano. Não é à toa que foi lançado durante a COP 26 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima] o compromisso de acabar com o desmatamento. Mas, logo que retornei da Conferência, tive que retomar o trabalho rapidamente, porque o PL do licenciamento ambiental entraria em pauta, por exemplo. Então esses compromissos acabam sendo promessas falsas. São acordos a nível internacional que não se concretizam por aqui. Especificamente na Amazônia, essa destruição ainda mais velada já vem acontecendo há muito tempo. Precisamos começar a refletir que há guerras sendo travadas em diferentes espaços e não estão sendo vistas: aqui no Brasil, no Sudão, em Gana, no Quênia…. são crianças Yanomamis sendo mortas por garimpo, e Kayapós sendo ameaçados. Isso está acontecendo em todos os territórios. Por mais que a Amazônia esteja sob os holofotes, não se escuta o povo que está ali. Os governos falam sobre a Amazônia e suas comunidades, mas, na maioria das vezes, as ações não refletem o que as vozes amazônicas querem falar. Para realmente escutar, temos que criar mais espaços para ter uma juventude indígena na liderança e para dialogar com quem está na linha de frente.

Poderia compartilhar conosco alguma atuação sua como indivíduo e/ou como coletivo em algum desses territórios?

É sempre uma grande experiência viajar para os diferentes territórios. Algo que me impressionou muito indo ao território do Raoni Metuktire foi ver mais de 600 km de soja ao longo do caminho. Conforme fui me aproximando, vi uma plaquinha branca dizendo “Território Indígena Kaiapó”, e logo vi a floresta em pé. Foi chocante ver o limite da soja bem ali na plaquinha. Outra vivência marcante foi nos territórios do Rio Iriri. Lembro que no encontro “Amazônia Centro do Mundo” passou um caminhão de madeira roubada do meu lado, e a minha primeira reação como ativista foi querer pará-lo. As lideranças me contaram que normalmente esses caminhões estão armados e disseram: “se acontecer alguma coisa com você, como vamos te levar para algum lugar?”. É tão comum para essas lideranças ver a destruição e doeu a impotência de não poder fazer nada. Nós temos tentado construir diversos espaços junto com as juventudes. No território do Raoni, por exemplo, antes de começar a pandemia, fizemos uma formação para pensar como essa juventude tão conectada – que são os maiores hackers que conheço – pode se comunicar com quem está na outra ponta, perto do Congresso, para articularmos conjuntamente. Além do desenvolvimento tecnológico, não podemos negar a ciência e precisamos unir esse conhecimento tradicional.

Lembro de uma história com um grande amigo, Mitã Xipaya, uma liderança da juventude do povo Xipaya. Com a pandemia, todos se isolaram na aldeia, onde não tem conexão para além de rádio, que funciona com energia solar. Tínhamos um combinado de conversar toda quarta-feira ao meio-dia para ver se estava tudo bem durante esse período. Mas passamos dias sem conseguir nos comunicar e, quando conseguimos, ele me falou que correntões estavam destruindo o território perto da aldeia. Fiquei muito preocupada: como chegamos num momento como esse? Mas vejo que juntos estamos construindo cada vez mais, como no ATL [Acampamento Terra Livre], que reúne muitas pessoas para pensar em soluções e em como construir uma corrente que segura [a floresta] ao invés de uma que destrói. É importante entender que existe essa conexão e que podemos construir juntos.

Diante desse cenário, de que forma os jovens podem se envolver em discussões e na prática?

Quando soube da pandemia, estava ao lado do nosso grande xamã Davi Yanomami no Conselho de Direitos Humanos da ONU [Organização das Nações Unidas], em Genebra. Ele ia fazer uma intervenção, que foi cancelada mesmo depois de ele percorrer tamanha distância do território dele até lá. Numa sala, vimos um slide gigante que dizia “pandemic” em vermelho. Naquele mesmo dia, Davi já tinha feito um comentário excelente: as pessoas falavam sobre como os direitos humanos estão comprometidos e ele me disse “aqui parece um lago cheio de sapo, porque é só papo que tem aqui”. Davi tem uma percepção incrível do mundo. E aí começaram a falar sobre o que era coronavírus e o que estava acontecendo. Bateu um desespero. Aproveitei que estava ao lado de Davi e perguntei logo: “o mundo vai acabar?”. Davi com toda a calma do mundo olhou para mim e disse: “Paloma, se nós pararmos de dançar, de cantar e de pintar os nossos corpos é porque o povo da mercadoria venceu. Se eles vencerem, todos nós perdemos”. Nós não podemos desanimar com toda essa destruição. Temos que nos levantar, nos unir, e o movimento tem que ser cada vez mais agregador. No movimento socioambiental, quanto mais nos unimos, maior é nossa capacidade de adiar o fim do mundo. Não dá para ficar sentado se nós queremos a floresta em pé. Então, para a juventude que quer um conselho sobre o que fazer: levante-se, fale com todo mundo, junte-se ao seu coletivo e mobilize-se. Não dá para ficar parado. Podemos fazer tantas coisas, como conversar, criar conteúdos. O que dá um respiro é justamente o fato de que nós podemos construir esse espaço juntos e não estamos sozinhos.

Você foi co-autora de uma das maiores ações de litígio climático e elas estão acontecendo em outros lugares do mundo também. Acha que isso é uma tendência?

Em diversas partes do mundo foram surgindo essas ações de litígio climático e muitas foram iniciadas pela juventude. São duas ações de litígio aqui no Brasil que tiveram a participação da juventude. A Ação da Pedalada Climática, da qual fui co-autora, foi uma ação de inconformidade com a NDC [Contribuição Nacionalmente Determinada] apresentada pelo Brasil. No Acordo de Paris, falamos do Princípio da Progressividade, ou seja, que deveríamos avançar cada vez mais na ambição dos compromissos [de redução de emissão de gases de efeito estufa] feitos à nível nacional. Infelizmente, na nossa primeira NDC, o Brasil reduziu seus compromissos, dando uma “pedalada” e permitindo que haja ainda mais carbono do que na meta anterior. Foi uma regressão muito descarada. Com a ação, houve uma revisão da NDC e agora estamos num momento de entender a viabilidade dela, tendo também um desafio de lidar com o Judiciário, que muitas vezes não compreende a pauta socioambiental. A outra ação é a ADPF 760. Espero que seja um momento histórico para o país, para dialogar sobre, por exemplo, a aplicação do PPCDAm [Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal] e o PPCerrado [Plano de Ação para prevenção e controle do desmatamento e das queimadas no Cerrado]. São políticas que há anos colocaram o Brasil como líder nesse enfrentamento da emergência do clima, mas que hoje não são aplicadas. Fizemos um estudo com diversas organizações para tentar entender diferentes aspectos e traduzir essa pauta complexa do clima, e espero que tenhamos justiça climática com uma jurisprudência estabelecida na nossa mais alta corte. Que nós possamos definir o nosso futuro seguindo a nossa Constituição Federal do Brasil, que diz que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito nosso e das futuras gerações. E se o meio ambiente é nosso direito como bem coletivo, que isso seja refletido na nossa mais alta corte.

Você tem uma conexão forte com outros países da América Latina. Acha que o Brasil está seguindo essa tendência ou ainda estamos um pouco atrás? O que está faltando?

Acho que não tem outro caminho se não seguir essa tendência. Acredito que teremos eleições muito diferentes, com uma maior diversidade de candidatos. O que eu quero saber é se a nossa população está entendendo o recado que nós tentamos passar nas ruas, nas cortes, nos diferentes espaços formais e informais. Vamos ter sim opções – de juventudes, indígenas, quilombolas, mulheres, mulheres negras e trans – e espero que nossa mensagem tenha sido entendida. Se olharmos para esse movimento latino-americano, quem é que está on-line e se mobilizando? Somos nós, juventudes, que estamos hackeando o sistema. Por isso é importante que o movimento seja agregador e de construção coletiva. Precisamos que tudo que temos construído seja realmente firmado, entendido e esteja refletido nessas eleições, seguindo tendências como no Chile, por exemplo, que elegeu um presidente jovem, que traga o movimento das ruas para um espaço formal. Fôlego nós temos, estamos aí na rua fazendo hora extra há anos, sem ser pago ou mal pago. Espero que conquistando cada vez mais esses espaços formais, recebendo apoio de artistas, pensadores, escritores, de empresas, que estão começando a dialogar com diferentes movimentos, nós possamos ver essa mudança refletida.

No Chile está acontecendo o processo constituinte, em que se vê um claro protagonismo dos povos indígenas. Isso também se reflete no Equador, na Bolívia. Você acha que isso tem um efeito motivador para os indígenas em outras partes, especialmente na Amazônia?

Precisamos parabenizar o Chile não só por incluir o movimento indígena, como também a juventude. É muito legal ver os meus colegas participando ativamente da constituinte, um processo em que eles mesmos estão sendo formados sobre o que é legislação e como pensá-la. No processo brasileiro de constituinte, também tivemos papel ativo de lideranças como Raoni, Chico Mendes, Ailton Krenak. Foi muito importante para formar essas leis. Infelizmente existe um grande abismo entre escrever uma regulamentação e aplicá-la, mas vejo que refletir sobre esses processos democráticos foi o que possibilitou que juventudes, movimentos indígenas, entre outros, entendêssemos que temos que continuar lutando por esse espaço. Acho que um choque em comum nesses distintos movimentos é justamente entender que crescemos nesse contexto: que na nossa mais alta legislação existe essa garantia, mas na verdade, na prática, não é o que acontece. Vejo que essa influência [de outros países da América Latina] passa pelo Brasil e que construímos o pensamento latino-americano de forma conjunta, mesmo que cada uma dentro da sua realidade. Nesse processo, enfrentamos dificuldades para nos unirmos, mas movimentos que surgem em um lugar são inspiração para outros. Então eu tenho certeza de que o que acontece hoje no Chile, na Argentina, no Uruguai, na Bolívia, na Colômbia… tudo vai se refletir aqui no Brasil também. Espero que esses exemplos do movimento indígena, como Soninha [Guajajara], que concorreu à presidência, ou Joênia [Wapichana], nossa primeira mulher indígena deputada, inspire muita gente.

Quais são as semelhanças e diferenças que você identifica entre o movimento climático socioambiental na Europa e na América Latina?

No contexto brasileiro, eu venho de um lugar de muito privilégio, apesar de ser mulher. Sou uma mulher branca da capital do Brasil. Mas quando eu chego ao contexto internacional, eu sou Paloma Costa, latina, brasileira. Sento ao lado da Greta [Thunberg], falo que a nossa floresta está queimando e escurecendo uma tarde em São Paulo, mas o que sai no jornal não é o que está acontecendo. Isso nos leva para uma reflexão de que esse processo de inserção e construção conjunta no nível global tem que ser ainda mais fortificado. É aquela história do herói: todo dia estão tentando achar a Greta do Brasil. Mas ela não vai estar aqui. Somos Txai, Sâmela, Paloma… Somos pessoas diferentes. Ainda bem, porque a força está nisso: da Greta poder fazer o que ela faz do lugar dela, um trabalho lindo que mobilizou e inspirou tanta gente; e nós, do nosso lugar, podermos continuar o nosso trabalho e também com visibilidade. Sabemos que esse espaço de visibilidade impacta como nos movimentamos, como temos oportunidades de, por exemplo, colocar uma Txai para abrir a COP. Então para mim esse trabalho de abrir portas é mais significativo do que buscar esse destaque, porque acho que fazemos a mudança “um a um”: é com cada pessoa que agregamos, cada um que ensinamos. Outro fato é que é muito difícil ser do Sul global também. Às vezes temos reuniões com oficiais da ONU, e a nossa lista de reclamação é sempre maior, sempre temos mais problemas. É preciso olhar para essas realidades que não estão sob os holofotes. E eu vejo que está sendo um processo lindo de construção coletiva e é muito legal ver que estamos conquistando cada vez mais essa visibilidade. Ainda tem muito chão, mas é muito bonito o que conseguimos construir até agora.

Qual é a importância das eleições deste ano para a agenda socioambiental e a Amazônia?

Eu diria que vão ser as eleições da vida: ou vamos atestar o nosso óbito conjunto ou vamos definir rumos para um futuro possível. Se olharmos para esses últimos relatórios do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas], por exemplo, não temos muito para onde fugir, e a América Latina vai ser um dos territórios em perigo. Não é à toa que começamos 2022 com sete desastres por semana, um por dia. Precisamos olhar para essas eleições e entender que é uma questão de definir nosso futuro, escolhendo candidatos comprometidos e que vão realmente dialogar. Todos os movimentos que eu conheço que trabalham com agenda socioambiental, juventude, indígenas etc. estão focados nessa agenda de eleições, para construir demandas conjuntas, pautar candidatos, dialogar com a sociedade civil. Precisamos olhar muito bem quem são esses candidatos, qual é a proposta e o compromisso deles, qual é o contexto dessas pessoas e o que elas têm feito nos últimos tempos. Esse momento de conexão na internet nos permite ter um olhar mais amplo, mais atento. As juventudes vão ter um grande papel de disseminar essas informações, conhecer esses candidatos e votar em quem nos representa. Esses candidatos vão ter que encarar de frente o que significa a Amazônia, o potencial dela, essas cadeias de valores e iniciativas que tem acontecido no front. Para mim, vai ser definitivo: só vai ter Amazônia em pé se nós tivermos conosco pessoas ali no Congresso e em espaços de tomada de decisão.

Qual é a sua mensagem para as pessoas que vão assumir os próximos governos?

O meu recado é que nós vamos estar acompanhando cada vez mais de perto cada uma das ações. Então quem não for seguir um caminho de proteção da vida, de proteção socioambiental, eu duvido muito que vá continuar ocupando espaços como esses. Nós estaremos atentos, participando ativamente, e sabemos que o poder está no coletivo. Espero que vocês cumpram com as promessas que vão fazer no período eleitoral, porque nós vamos estar de olho.
Qual é a mensagem que gostaria de passar aos jovens nesse contexto de eleições?
Articulem conjuntamente, promovam espaços de construção coletiva. Busquem as possibilidades nas suas cidades e estados, nos espaços de tomada de decisão do seu território, para incluir a juventude. Nós sabemos que daqui para frente não dá mais para ter um Congresso que não dialogue com a juventude, nem uma presidência que não dialogue com diferentes movimentos. Não dá mais para ter tomadores de decisões que não sabem consultar e construir deliberadamente com a população que deveriam representar. Entenda o seu contexto, busque os espaços em que podemos articular juntos e vamos eleger candidatos que estejam comprometidos em construir essa agenda conjunta. Sejamos sementes, florestando as mentes e os corações para libertar o nosso futuro e adiar o fim do mundo.

Sobre o Amazoniar

O Amazoniar é uma iniciativa do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) para promover um diálogo global sobre a Amazônia e sua importância para as relações do Brasil com o mundo. No seu quarto ciclo, o Amazoniar promoverá uma série de entrevistas com jovens brasileiros e estrangeiros que inspiram a mobilização por justiça climática, especialmente na Amazônia. Em junho, os bate-papos serão publicados semanalmente na íntegra no site do IPAM. Inscreva-se na newsletter para receber as próximas entrevistas!

 

*Jornalista e consultora de Comunicação no IPAM



Este projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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