Quando ocorrem mudanças no uso do solo – o desmatamento ou queima de uma floresta para dar lugar à pastagem ou agricultura, por exemplo – o carbono que estava estocado é liberado para a atmosfera na forma de CO2 (dióxido de carbono), um dos gases do efeito estufa.
Pelo menos 47,4 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente foram emitidas para a atmosfera devido às mudanças no uso do solo em 23 anos (entre 1990 e 2023).
Nas regiões tropicais, o desmatamento pode causar alterações no balanço hídrico e tornar o clima mais seco e quente. A floresta tem a capacidade de umidificar o ambiente pela evaporação da água do solo ou da transpiração das plantas.
O fluxo de vapor de água para a atmosfera, chamado também de evapotranspiração, diminui quando a cobertura florestal é reduzida. Isso impacta diretamente no ciclo hidrológico.
Na Amazônia, por exemplo, estudos preveem que a temperatura poderá subir de 5 a 8ºC até 2100 e a redução no volume de chuva pode chegar a 20%.
O desmatamento, a exploração madeireira e os incêndios florestais, intensificados por eventos como o El Niño, poderão aumentar as emissões de carbono oriundas de mudanças no uso do solo.
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