Várias hipóteses foram propostas para explicar os mecanismos que geram padrões de riqueza de espécies temporais e espaciais. Quatro hipóteses comuns foram testadas (água, energia, heterogeneidade climática e produtividade primária líquida) para avaliar quais fatores melhor explicam os padrões de riqueza de espécies de Zygoptera. A heterogeneidade climática seria o indicador mais importante para os padrões de riqueza de Zygoptera. A partir de amostras das comunidades de Zygoptera adultas em 100 pequenos córregos amazônicos, e com base em modelos lineares generalizados mistos (GLMM), foi descoberto que a produtividade primária líquida e a heterogeneidade climática compuseram o melhor modelo de riqueza de espécies de Zygoptera em córregos amazônicos, com um pseudo r2 de 39.5%. Os resultados indicam que a riqueza de espécies aumenta em uma espécie por 1 kg de biomassa por metro quadrado na NPP, ou com um aumento de 2 °C na variabilidade da temperatura do ar. Trabalho corrobora um estudo recente com outros táxons em biomas brasileiros e sugere que a variação temporal no clima e na produtividade primária líquida são indicadores importantes dos padrões macroecológicos de riqueza para organismos aquáticos em regiões tropicais.
Relatório “Seminário Técnico sobre o Cadastro Ambiental Rural”
O presente relatório mostra um resumo das discussões do “Seminário Técnico sobre o CAR”, organizado pelo Observatório do Código Florestal (OCF) e IPAM. O evento contou com representantes de todo o país e foi realizado no auditório 1 do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB) em agosto de 2017.