Por Lucas Gauraldo*
Foi celebrada na última quarta-feira, dia 13 de março, a cerimônia de encerramento da primeira Virada Parlamentar Sustentável, criada para promover o debate e envolver congressistas nos debates mais atuais da agenda ambiental. Ao todo, 37 eventos, dentre atos, audiências públicas e seminários, foram realizados pela Virada na Câmara e no Senado, impactando cerca de 88 propostas legislativas nas áreas de meio ambiente, ciência, educação e economia.
Além de subsídios técnicos para a produção dos materiais da Virada, pesquisadores do IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) participaram de três audiências públicas focadas nas áreas de educação ambiental, justiça climática e mercado de carbono. As ações, iniciadas em maio de 2023, contaram com a participação de 65 organizações da sociedade civil relacionadas ao meio ambiente e à proteção da biodiversidade.
“A Virada Parlamentar Sustentável é um movimento que nasceu da união e do esforço colaborativo das organizações da sociedade civil e tem sido uma força propulsora para as mudanças necessárias na política ambiental brasileira e aponta para um futuro em que o Brasil possa assumir a liderança ambiental global pelo exemplo”, declarou a deputada Socorro Neri (PP-AC), coordenadora da Frente Parlamentar de Transição Climática Justa durante o evento.
Ao longo da celebração, foram realizadas reuniões de planejamento para a segunda edição da Virada Parlamentar Sustentável, prevista para maio e junho de 2024. No seu segundo ano de realização, o evento pretende abordar o negacionismo climático e pautas relacionadas à justiça climática, além de fornecer dados que qualificam o debate nas eleições municipais, em outubro.
Audiências Públicas
Nos dias 27 e 28 de setembro, Paulo Moutinho, pesquisador sênior do IPAM e Eugênio Pantoja, diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial, participaram de audiências públicas realizadas no âmbito da Virada Parlamentar Sustentável. Durante os dois dias de evento, foram discutidas a inclusão da educação climática no currículo escolar brasileiro e o papel dos créditos de carbono no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Em outubro, Patrícia Pinho, diretora adjunta de Ciência do IPAM, participou do debate a respeito dos impactos sociais das mudanças climáticas na produção de alimentos e na qualidade de vida de pequenos produtores rurais e das pessoas em situação de pobreza. Também foram apresentados dados do IPAM sobre o impacto das mudanças climáticas nas comunidades em maior situação de pobreza do bioma Amazônico.
Jornalista do IPAM, lucas.itaborahy@ipam.org*