Estação de Pesquisa Tanguro

📸 Mitch Korolev / Woodwell Climate Research Center

A Estação de Pesquisa Tanguro é um cantinho da natureza destinado à produção científica. Está localizada numa área de transição ecológica, entre Amazônia e Cerrado, em Querência (MT). Desde maio de 2004, o local abriga importantes pesquisas voltadas a entender o impacto das ações humanas no meio ambiente.

As mudanças climáticas, o comportamento do fogo na vegetação nativa, o impacto para os animais e da intensificação do uso do solo para atividades agrícolas compõem o rol de estudos desenvolvidos por pesquisadores do Brasil e do exterior.

Conheça a história da Estação Tanguro!

2004

Início do experimento de fogo em florestas de transição Amazônia-Cerrado, com tratamentos: Controle = parcela não queimada; B1yr = parcela instalada para queimadas anuais; B3yr = parcela instalada para queimadas a cada três anos.

Início das operações do IPAM nas dependências e com o apoio da Fazenda Tanguro.

2005

Queima da parcela queimada anualmente (B1yr).

2006

Queima da parcela queimada anualmente (B1yr).

2007

Queima de ambos os tratamentos (parcelas B1yr e B3yr), que coincidiu com um evento de seca extrema na região.

2008

Publicação do primeiro artigo científico da Estação de Pesquisa Tanguro o “Negative fire feedback in a transitional forest of southeastern Amazonia” na revista Global Change Biology (Balch et al. 2008).

2009

Queima da parcela queimada anualmente (B1yr).

2010

Última aplicação do fogo experimental na Área 1 (em ambos os tratamentos B1yr e B3yr), que também coincidiu com um ano de seca extrema na região.

Início do monitoramento mensal da umidade no solo superficial e profundo (até 9 m).

2011

Início do acompanhamento da recuperação das parcelas queimadas experimentalmente.

2012

Primeiro evento de tempestade de vento registrado na área de queima experimental, com ventos acima de 100 km/h em 30 minutos, levou a mortalidade de 5% das árvores (valor similar a mortalidade anual natural da vegetação).

2013

Instalação das torres de fluxos (Eddy Covariance) nas parcelas controle e queimadas (Área 1).

Início do experimento de queimada das parcelas de 40 x 40 m na Área 2.

2014

Aprovação do projeto “The sustainability of riparian forests in expanding Amazonian agricultural landscapes” (NSF DEB), executado em parceria com o Woodwell Climate Research Center.

2015

Implementação de parcelas permanentes em florestas ripárias para monitoramento da vegetação em paisagens agrícolas e preservadas.
Instalação da torre de fluxos (Eddy Covariance) na área de agricultura.

2016

A Estação de Pesquisa Tanguro recebe o título de sítio PELD – Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD-TANG) pela aprovação do projeto “Legados do desmatamento e da degradação florestal na fronteira agrícola Amazônica: impactos sobre a biodiversidade, o ciclo do carbono e os recursos hídricos” (CNPq/MCTI).

Segunda queimada das parcelas em blocos de 40 x 40 m na Área 2.

As atividades de avaliação e monitoramento da biodiversidade são intensificadas

2017

Simpósio do Sítio Experimental Tanguro sobre “Intensificação da maior fronteira agrícola do mundo: conciliando produção agrícola e integridade ambiental em um clima em mudança”.

Aprovação do projeto “Considerando o nexo entre segurança hídrica, energética e alimentar e as comunidades tradicionais: uma abordagem integrada para o Cerrado (CNPq).

Primeira expedição de coleta de dados do projeto PELD-TANG.

2018

Aprovação do projeto “O fogo no Xingu: determinantes e efeitos sobre a vegetação e recursos de importância socioambiental” (CNPq/PrevFogo-Ibama).

2019

Subsídio do projeto “Ciclo de carbono e água em uma Amazônia em mudança” executado em parceria com o Max Planck Institute for Biogeochemistry.

Segundo evento de tempestade de vento na área de queima experimental (Área 1), que levou à queda da torre de fluxo da parcela controle.

2020

Aprovação da Fase 2 do projeto PELD-TANG.

2021

Visita e estabelecimento de parceria para coleta de dados na Aldeia Afukuri do Território Indígena do Xingu, dentro do contexto do projeto PrevFogo.
Início da expansão das atividades de pesquisa para outras três fazendas do Grupo Amaggi

2022

Reforma, manutenção e melhorias dos alojamentos na Estação de Pesquisa Tanguro.

2023

Aprovação do projeto “Vivendo no Limite: Resiliência de Florestas em um mundo em mudança” (NSF/FAPESP), em parceria com Yale University, Northern Arizona University, Woodwell Climate Research Center e UNICAMP.

Início do projeto “Global Assessment from Local Observations (GALO)” em parceria com o Woodwell Climate (Bayer) para amostragem de outras áreas do Cerrado e Amazônia

2024

Simpósio do 20º Aniversário de Tanguro | 20 anos da Estação de Pesquisa Tanguro: Ciência e Políticas Públicas para o Futuro da Agricultura Sustentável e da Conservação das Florestas Tropicais.

Instalação do experimento de seca (Seca Limite), em parceria com a University of Leeds e Unemat.

Notícias 📰

Florestas em áreas degradadas queimam e ressecam mais o ambiente

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Estudo aponta que áreas queimadas liberam menos água para a atmosfera e reduzem a produção de chuvas, aumentando a temperatura e o risco de incêndio.

Harmonia entre natureza e produção é centro do debate nos 20 anos da Tanguro

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Evento destacou diálogo entre produtores, povos indígenas, cientistas e poder público como chave para transformação socioambiental e econômica em linha com objetivos globais.

Estação de Pesquisa Tanguro celebra 20 anos em evento em Brasília

por Sara Leal | jun 11, 2024

Desde 2004, local abriga pesquisas voltadas a entender o impacto das ações humanas no meio ambiente e a buscar soluções para uma interação em equilíbrio com a agricultura.

Ciência 📝

publicações científicas de alto impacto

Nature Climate Change | Climatic limit for agriculture in Brazil

Nature Climate Change | Net loss of biomass predicted for tropical biomes in a changing climate

Scientific Reports (nature.com) | Intraspecific trait variability facilitates tree species persistence along riparian forest edges in Southern Amazonia

Communications Earth & Environment (nature.com) | The time since land-use transition drives changes in fire activity in the Amazon-Cerrado region

Science | The End of Deforestation in the Brazilian Amazon

IPAM Amazônia | Lowland tapirs facilitate seed dispersal in degraded Amazonian forests

PLOS ONE | Deforestation and stream warming affect body size of Amazonian fishes

Wiley Online Library (Global Change Biology) Environmental Change Journal

PNAS | Seasonal and interannual variability of climate and vegetation indices across the Amazon

PNAS | Decoupling of deforestation and soy production in the southern Amazon during the late 2000s

IOPscience | Intensification of fire regimes and forest loss in the Território Indígena do Xingu

Wiley Online Library | Landscape fragmentation, severe drought, and the new Amazon forest fire regime – Alencar – 2015 – Ecological Applications

ScienceDirect | Solving Brazil’s land use puzzle: Increasing production and slowing Amazon deforestation

ScienceDirect | Agricultural land-use change alters the structure and diversity of Amazon riparian forests

Wiley Online Library | Legacies of multiple disturbances on fruit and seed patterns in Amazonia: Implications for forest functional traits – Brando – 2024 – Ecosphere

📸 Paulo Brando / IPAM

Desde 2004, um experimento único na Estação de Pesquisa Tanguro avalia a relação entre fogo e Amazônia. Por meio da queima controlada e intervalada em 150 hectares de floresta, cientistas ampliam o conhecimento sobre o impacto das chamas na vida natural e a recuperação do ambiente. Os resultados ajudam a subsidiar estratégias de mitigação e adaptação em um planeta em mudança.

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