O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) endossa, por meio de nota, o pedido de ajuda emergencial divulgado pelo Instituto Raoni e pela Associação Cultural Capoto/Jarinã para o controle dos incêndios na Terra Indígena Capoto/Jarina, em Mato Grosso. Também nos solidarizamos com a luta de nossos parceiros indígenas no combate ao fogo e às ilegalidades em seus territórios.
Em vídeo publicado nas mídias sociais, o Instituto Raoni mostra as chamas ainda fora de controle na aldeia Piaraçu, ao norte do estado. No registro, o Cacique Megaron Txucarramãe solicita à Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) e aos bombeiros que apaguem o incêndio.
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A Terra Indígena Capoto/Jarina tem mais de 630 mil hectares, uma área maior que o Distrito Federal, ou mais de quatro vezes o tamanho da capital São Paulo. Segundo o Instituto Raoni, são 42 brigadistas responsáveis pelo trabalho no território, que é habitado pelos povos Mebêngôkre (Kayapó) e Tapayuna.
“É assustador vermos o Brasil pegando fogo. Estivemos na aldeia Piaraçu em 2023, em um momento histórico que foi o Chamado do Raoni, e é inconcebível imaginar este local sendo destruído. Precisamos de uma ação de resposta articulada para todos estes casos de focos de incêndios descontrolados, principalmente, considerando prioridade para povos indígenas e comunidades tradicionais atingidos”, diz Paulo Moutinho, cientista sênior do IPAM.
Expressamos nossa solidariedade às famílias e aos brigadistas atuando no local, em sua maioria também indígenas, e reforçamos o apelo para que sejam atendidas as demandas urgentes para o controle dos incêndios na aldeia Piaraçu e na Terra Indígena Capoto/Jarina.