Dados preliminares do sistema de alertas Deter mostram que os seis primeiros meses de 2021 computaram a maior área desmatada na Amazônia desde 2016, quando começaram os registros. Mesmo faltando dados de cinco dias para fechar o semestre, já foram derrubados 3.325 quilômetros quadrados de floresta, 8% a mais do que o mesmo período de 2020.
O Deter costuma apresentar dados subestimados em relação ao sistema oficial de monitoramento do desmatamento da Amazônia, o Prodes, que é divulgado anualmente. Contudo, indica tendências.
“Como ainda faltam cinco dias para fechar o monitoramento de junho, esse número ainda pode crescer”, explica a diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Ane Alencar. “Mas é preocupante. Temos um ano com tendência de seca principalmente na parte sul da Amazônia, e ainda muita área desmatada desde 2019 que ainda não queimou.”