Karina Custódio*
O III Simpósio sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro teve início nesta quarta-feira (12), em Altamira (PA). Os painéis do dia trataram sobre indicadores de sustentabilidade, rastreabilidade, gestão e serviços ambientais. Pesquisadores, produtores rurais e representantes do governo participaram das mesas de discussão.
Durante a abertura, Lucimar Souza, diretora adjunta de Desenvolvimento Territorial do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), contou a história de criação do evento se relaciona com o próprio processo de consolidação da produção do cacau.
“Falar sobre cacaueiro é sempre um prazer, porque é falar sobre memórias, laços, e parte da cultura na Amazônia é falar sobre a histórias de pessoas, de diversos atores que se empenharam para que o cacau na região transamazônica fosse um sucesso.”
Quatro painéis foram apresentados no primeiro dia. Graciela Froehlich pesquisadora do IPAM, iniciou o primeiro, apresentando o projeto Cadeias sustentáveis no Estado do Pará que mapeou a presença de indicadores de sustentabilidade na produção de cacau de seis municípios. Froehlich explica o que são esses indicadores.
“Ao ir numa consulta, o médico passa uma série de exames e todos eles nos mostram se estamos saudáveis ou não. E para definir os indicadores de sustentabilidade, temos uma lista parecida. Olhamos para a qualidade do solo, o uso de bioquímicos, a venda dos produtos e todos esses itens permitem definir se a produção causa um impacto socioambiental positivo”.
Entre a formas de fomento da produção cacaueira apresentadas no Simpósio está a rastreabilidade da cadeia de produção. Clecivaldo Ribeiro, representante do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), apresentou a plataforma “AgroBrasil + Sustentável”, que será lançada em julho e auxiliará na rastreabilidade das cadeias brasileiras.
“Essa plataforma possibilitará informar mercados nacionais e internacionais sobre a conformidade da produção de pequenos, médios e grandes produtores rurais com regras socioambientais”, enfatizou.
O Simpósio seguirá com programação até quinta-feira (13). Além de participar presencialmente, também é possível acompanhar o evento online, por meio da transmissão no YouTube.
Veja a programação:
Dia 13/06/2024 (Quinta-feira) – MANHÃ.
08:30h – PAINEL 5: A CACAUICULTURA PARAENSE: SUSTENTABILIDADE, POLÍTICA PÚBLICA E PERSPECTIVAS PARA A COP 30 EM BELÉM.
Moderação: Maria Lucimar – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Palestra 5.1: A Cacauicultura no Estado do Pará: Contribuições para a Sustentabilidade – José Raul Guimarães – CEPLAC (20 min).
Palestra 5.2 O Novo Regulamento EUDR e o Impacto na Cadeia Produtiva. Ana Gutierrez (Delegação da UE).
Palestra 5.3: Plano Inova Cacau 2030: Estratégias para Fomentar o Desenvolvimento Sustentável das Regiões Produtoras de Cacau no Brasil – Lucimara Chiari – Diretora da CEPLAC e Guilherme Salata – Diretor do CocoaAction Brasil (20 min).
Palestra 5.4: A COP 30 no Estado do Pará: Oportunidades e Perspectivas a partir da Cacauicultura em Sistemas Agroflorestais Sustentáveis – Renata Ribeiro de Souza Nobre– Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado (20 min).
Sessão de Perguntas e respostas (20 min).
Vídeos: COP 30 NO ESTADO DO PARÁ (Governo do Pará)
Jornalista do IPAM*
Foto de capa: Elias Serejo*