Reconhecida por sua contribuição no combate ao desmatamento diante do cenário da emergência climática, Julia Shimbo, pesquisadora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora da rede MapBiomas, venceu o Prêmio Todas na categoria “Sustentabilidade”.
Criado pelo jornal Folha de S. Paulo em parceria com a consultoria Alandar, o prêmio condecora o legado de mulheres que se destacam nas áreas de ciência, tecnologia e energia limpa. Através de seu trabalho na produção de dados, monitorando atividades florestais, bem como o uso da terra, avanço do desmatamento e da agricultura, Shimbo ressalta a relevância da atuação das mulheres para a Ciência.
“A participação de mulheres na ciência brasileira é fundamental, principalmente para aplicações e impactos em políticas públicas na conservação da Amazônia e do Cerrado, onde elas promovem colaborações, multidisciplinaridade e conexões entre os diferentes setores da sociedade”.
O quadro do IPAM é composto, majoritariamente, pela presença feminina – 58%. “Isso fortalece a diversidade de perspectivas que ampliam a qualidade científica e evidencia o protagonismo das mulheres na construção de soluções”, afirma Shimbo.
A rede MapBiomas, da qual o IPAM participa na produção de dados e conhecimento científico, desenvolve, através de imagens de satélites, relatos históricos sobre o uso da terra.
A pesquisadora afirma que tornar os dados gerados acessíveis para o conhecimento é essencial para gerar impactos de ações e soluções a favor da mitigação climática. Além disso, trazer a democratização de ferramentas tecnológicas para agir como soluções para populações mais vulneráveis, suscetíveis à crise climática.
“Precisamos sempre buscar novas formas de fazer ciência e também de comunicar a ciência para a transformação da sociedade”, completa Shimbo.
