Oficina apoia produção sustentável de comunidades locais no Amapá

15 de dezembro de 2025 | Notícias

dez 15, 2025 | Notícias

Por Nikole Cantoara*

Conciliar a biodiversidade junto à geração de renda para produções familiares locais é um dos pilares para garantir a conservação da Amazônia e o uso múltiplo da floresta. Para orientar e incentivar práticas sustentáveis na produção do açaí e castanheiras, o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) realizou, entre os dias 10 a 12 de dezembro, uma segunda oficina na reserva extrativista do Rio Cajari, no Amapá.

O curso, que contou com a parceria da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade), apresentou metodologias divididas entre teoria e prática, com a implementação de uma URT (Unidade de Referência Tecnológica), onde os participantes puderam aprender desde a importância do manejo sustentável, tipos de manejo (madeireiro e não madeireiro), inventário florestal, reconhecimento de variáveis espécies e intervenções de manejo florestal.

Durante a capacitação, foram plantadas mudas de castanheiras da amazônia e mecanismos utilizados para o reflorestamento e recuperação de áreas degradadas foram apresentados. “A renovação e o plantio de novas castanheiras torna o castanhal mais resiliente e adaptado às mudanças do clima”, explica Marcelino Guedes, pesquisador da Embrapa e ministrante do curso. 

Embasado em conhecimento técnico junto aos saberes tradicionais das comunidades, o  aprendizado demonstrou que é possível aliar produtividade à conservação florestal. “A produção e o manejo sustentável focam em técnicas que aumentam a produtividade das florestas, combatem as mudanças climáticas e mantém a floresta em pé”, afirma Anderson Firmino, pesquisador do IPAM e ministrante do curso.

“Ao aprender a respeito de técnicas de manejo de baixo impacto e aplicá-las nos açaizais, pudemos entender e atuar ativamente na conservação da floresta, além de garantir nosso sustento e fortalecer cada vez mais a autonomia de nossas comunidades’’, relata Thais Lacerda, participante do curso.

*Estagiária de comunicação

 



Este projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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