A sócia-fundadora do Instituto Socioambiental (ISA), Juliana Ferraz da Rocha Santilli, perdeu a luta de quase dois meses contra um AVC. Na última sexta-feira, 13/11, Juliana foi transferida de Brasília, onde estava internada, para o Rio, aos cuidados do neurologista Paulo Niemeyer. Foi submetida a uma nova cirurgia, mas não conseguiu se recuperar.
Promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal, Juliana tinha 50 anos, era doutora em Direito Socioambiental pela PUC-PR e autora dos livros “Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural”, “Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores” e “Agrobiodiversity and the Law: regulating genetic resources, food security and cultural diversity”, além de diversos artigos sobre direitos socioambientais. Ao lado de seu marido, Marcio Santilli, foi uma das fundadoras do ISA em 1994.
Era ainda pesquisadora associada do programa Populações locais, agrobiodiversidade e conhecimentos tradicionais, desenvolvido pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD) e pela Universidade Estadual de Campinas. Ativista incansável em defesa da agrobiodiversidade, da segurança alimentar, dos conhecimentos tradicionais, temas nos quais era especialista, deixa um filho, Lucas, de 19 anos.
O velório de Juliana será amanhã, 19 de novembro, no Rio, a partir das 10h, na capela 7 do Cemitério do Caju. O corpo será cremado às 14h, no Memorial do Carmo, que fica no mesmo local. Hoje, 18/11, às 14h, haverá uma homenagem a ela promovida na Casa Bem Te Vi São Paulo, à Rua Isabel de Castela, 141, Na Vila Madalena.