O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) lamenta profundamente o assassinato do cacique Jorginho Guajajara, da Terra Indígena (TI) Arariboia, em Maranhão, no último fim de semana. Ele era integrante do grupo “Guardiões da Floresta”, que expulsa madeireiros que atuam ilegalmente na TI.
Jorge era cacique da aldeia Cocalinho I, do povo Guajajara. De acordo com os Guajajara, 80 integrantes da TI foram mortos desde 2000. O crime acontece duas semanas depois de a ONG Global Witness revelar que o Brasil é o país que mais mata defensores ambientais no planeta: foram 57 assassinatos somente em 2017.
A TI Arariboia é alvo constante de invasões e ataques. Segundo a FUNAI, cerca de 12 mil indígenas das etnias Guajajara e Awá-Guajá vivem na área, muitos em situação de isolamento voluntário.
O IPAM expressa suas condolências à família do cacique, e reforça o repúdio à violência em todas as suas formas. Esperamos que o poder público esclareça com celeridade as condições que levaram à morte de Jorginho Guajajara.