Cientistas da Amazônia lançam a publicação “Animais da Tanguro – Mato Grosso: Diversidade na zona de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado“. Parte do projeto de pesquisa realizado na fazenda Tanguro, no município de Querência (MT), a livro é uma parceria entre o Museu Emílio Goeldi (MPEG), a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), com o apoio do Grupo Maggi.
A publicação detalha um estudo iniciado em 2005, com o objetivo de avaliar os impactos da ação humana sobre a fauna da região e oferecer dados essenciais para a gestão da paisagem em uma área de riquíssima biodiversidade. Tanguro fica transição entre dois biomas – cerrado e Amazônia -, o que facilita o compartilhamento genético das espécies, tornando a região extremamente importante do ponto de vista ambiental.
Além de apresentar oito grupos de animais – aranhas, insetos (percevejos, besouros e moscas), peixes, anfíbios anuros, répteis, aves, mamíferos não-voadores e morcegos – o livro traz também um glossário com termos científicos que são citados ao longo do texto. Os autores incluíram ainda informações gerais sobre cada grupo de animais, além de ilustrações das espécies encontradas e métodos utilizado no estudo.
A expectativa é que esta publicação dissemine o conhecimento entre pesquisadores, gestores públicos e privados, estudantes e a sociedade em geral. Uma vez conhecedora da diversidade da fauna nativa da região, a sociedade pode abrir novas perspectivas para sua conservação.
O IPAM participa do projeto desde os seus primórdios e mantém na fazenda Tanguro uma base de pesquisas sobre fogo, água, biodiversidades, restauro florestal, entre outros aspectos relacionados ao ambiente natural.