André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Foto: Rafael Medelima
As duas últimas cartas publicadas pela presidência da COP30, nos dias 8 e 10 de novembro, assinadas pelo embaixador André Corrêa do Lago, sinalizam um novo ciclo de ação para o meio ambiente mundial. A chamada por um “mutirão global” envolvendo Estados, sociedade civil e setor privado dialoga diretamente com o trabalho do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que busca consolidar, até 2035, um modelo de desenvolvimento tropical sustentável para a Amazônia e para o Cerrado. Uma mobilização que necessita da tríade: ambiental, econômica e social.
Não é uma tarefa fácil, mas o compromisso com a urgência da ação e com a ampla responsabilização é compartilhado com a instituição que reafirma sua missão em transformar ciência, educação e inovação em resultados para uma Amazônia e um Cerrado saudáveis – tanto do ponto de vista social, quanto do econômico.
As discussões e comunicações da COP30, em Belém, levantam a urgência de que as atitudes não parem nos discursos. O protagonismo que o Sul Global conquistou, neste momento, requer iniciativas que avancem em escala, envolvam as populações tradicionais, os saberes locais, as cadeias produtivas sustentáveis e criem alianças.
O olhar sobre o território, compartilhado nas cartas da presidência da COP30, reforça o papel central que a Amazônia tem na agenda global de clima. É um bioma complexo, uma região com enorme potencial para o desenvolvimento que o mundo precisa: em harmonia com a natureza. Para e com a Amazônia, são importantes, as contribuições da ciência e das políticas públicas, respeitando suas particularidades e culturas.
Como organização científica e não governamental que está junto aos povos e seus territórios, bem como trabalhando em escala nacional e internacional, o IPAM coloca-se à disposição para colaborar com a agenda. Renovamos o compromisso de atuar como agente propositivo, apoiando políticas públicas, mobilizando atores locais, produzindo conhecimento aplicado e promovendo a integração entre conservação, produção e justiça social. Ainda, apoiando e trabalhando pela construção de caminhos para uma economia de baixo carbono e a valorização da floresta viva e saudável.
