Por Nikole Cantoara*
Com a finalidade de promover a conservação e contribuindo para uma agenda de enfrentamento às mudanças climáticas, 1.249.038 árvores foram plantadas pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), desde 2005, na Amazônia e no Cerrado.
O número, moldado por um conjunto de iniciativas, reflete o objetivo principal de recuperação de áreas degradadas por meio da implementação de SAFs (Sistemas Agroflorestais). De acordo com os dados do Instituto, 1.714,52 hectares foram restaurados.
Liderada por Lucimar Souza, diretora de Desenvolvimento Territorial do IPAM, a estratégia de plantio de SAFs para a recuperação desses espaços permite uma maior rentabilidade para a geração de renda e regularização ambiental dos imóveis rurais.
“Na Amazônia, a média de árvores plantadas por hectare chega a 1.100 plantas. Já no Cerrado, essa média é menor e temos trabalhado com aproximadamente 320 plantas por hectare, buscando sempre uma diversificação de espécies. Essa diversidade permite a conservação dos ecossistemas tendo como base plantios como cacau, andiroba, cumaru, mogno brasileiro, açaí, baru e variedades”, explica Souza.
A restauração dessas áreas degradadas é uma parte crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir o desmatamento da Amazônia e do Cerrado.
O desmatamento continua sendo uma das principais causas das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, impactando, assim, não só a biodiversidade diretamente afetada, mas também as populações locais, que dependem dos recursos para sobreviver, e todo o país, que sofre cada vez mais com eventos climáticos extremos.
O plantio de árvores ao longo de todos esses anos contou com o apoio de 1891 famílias, que contribuíram na plantação e conscientização da conservação de regiões da Amazônia e do Cerrado. A mobilização desses grupos mostra que ações coletivas podem resultar em impactos positivos para um futuro mais sustentável.
“Essa soma de esforços entre as famílias atendidas, nossa equipe técnica e os parceiros institucionais têm possibilitado uma contribuição na agenda da restauração. Ao final, é muito prazeroso trabalhar com restauro, principalmente através das SAFs, e ver as pessoas se interessando verdadeiramente pelo tema e ampliando suas áreas”, comenta Lucimar Souza.
*Estagiário de Comunicação

