IPAM parabeniza Observatório do Clima por seus 20 anos de história

23 de março de 2022 | Opinião

mar 23, 2022 | Opinião

O OC (Observatório do Clima) comemora hoje seus 20 anos e o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), parte dessa história, não poderia deixar de parabenizar uma instituição tão essencial para os brasileiros e para o mundo.

Semente cultivada por quatro organizações brasileiras, entre elas o IPAM, a ideia de criar um observatório para discutir questões climáticas coletivamente surgiu a partir da insatisfação quanto à forma como o desmatamento era tratado pelo governo nacional no contexto do Protocolo de Kyoto – o primeiro da Convenção do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), assinado no Japão em 1997.

“O Observatório se tornou uma das maiores referências coletivas e representativas sobre mudança do clima e todas as suas vertentes devido à sua capacidade, coesão e engajamento”, afirma o pesquisador sênior do IPAM e um dos fundadores do OC, Paulo Moutinho.

Com a carta de princípios em mãos, o Observatório consolidou sua formação no dia 23 de março de 2002. Sua trajetória perpassa importantes contribuições, dentre as quais, vale destacar, a criação, em 2009, de um conjunto de diretrizes para a formulação de políticas públicas sobre clima no Brasil, sendo algumas delas incorporadas à Lei nº 12.187/2009, que define a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC)

Na costura dessa história, a partir de 2013, o OC dá um grande passo e começa a gerar dados por meio do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa) – primeira iniciativa não governamental no mundo que calcula anualmente as emissões em todos os setores da economia.

Hoje, o SEEG tornou-se instrumento fundamental de transparência do cumprimento da PNMC e uma forma mais dinâmica de monitorar as mudanças no perfil da economia do país.

“A maioria das pessoas tem a oportunidade de escrever algumas palavras no livro da história do planeta. Com sorte e perseverança, algumas pessoas e/ou instituições têm a chance de escrever sentenças. O Observatório escreveu páginas e páginas desse livro, o que é impressionante e motivo de orgulho para todos nós”, complementa Moutinho.

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