O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e a ACEF (Federação Ambiental da China) celebraram nesta quarta-feira (19), durante a COP30, em Belém, um MOU (Memorando de Entendimento) para promover troca de conhecimento sobre proteção de florestas e mudanças climáticas.
Pelo acordo, as duas instituições se comprometem a compartilhar informações e promover diálogos de alto nível com governos, setor privado, setor financeiro, sociedade civil e academia. A parceria tem duração de pelo menos dois anos e envolve levar resultados para a COP31 e reuniões dos Brics.
“O Brasil tem produção de alimentos, a China tem a tecnologia. Ambos os países precisam um do outro. E o fortalecimento do Sul Global passam pela troca de experiências em diversos setores. As duas nações precisam estar juntas”, disse André Guimarães, diretor executivo do IPAM e enviado especial da presidência da COP30 para a sociedade civil.
A ACEF é uma federação de organizações ambientais da China com anos de experiência na implementação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) em níveis local e regional, promovendo a aproximação com diversos atores em prol da proteção ambiental em todo o mundo.
“Essa cooperação significa que, no futuro, China e Brasil terão uma conexão forte. Podemos reconhecer muitas de ONGs que estão na proteção de florestas introduzir muitas conhecimentos e experiências de Brasil”, afirmou Yao Ni, da ACEF.
O IPAM esteve no país asiático, em junho de 2025, em missão da sociedade civil brasileira para fortalecer a cooperação Brasil-China na pesquisa científica com foco em conservação, agricultura e comércio verde.
A parceria com a ACEF é a terceira firmada desde então, sendo precedida por um acordo com o Instituto Norte-Sul de Desenvolvimento Sustentável e a Universidade de Jiliang. Os acordos têm objetivos em comum, com enfoques distintos, visando a cooperação de pesquisa nos dois países para impulsionar a ação climática e as políticas públicas.