Experiência do Acre com compensação por floresta conservada ganha destaque

11 de março de 2016 | Notícias

mar 11, 2016 | Notícias

Pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) participaram de um workshop em Rio Branco sobre os próximos passos da política ambiental do Acre. O destaque será a captação de recursos pela conservação florestal realizada pelo estado.

O evento contou com a presença de todos os secretários do Estado, cientistas e representantes da sociedade civil. O governador, Tião Viana, é esperado na abertura.

O pesquisador sênior do IPAM, Paulo Moutinho, mostrará o resultado de uma análise do Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais (SISA), programa inovador do Acre que permite a distribuição de recursos não somente para quem consegue reduziu o desmatamento mas também para aqueles que conservam seus estoques florestais. “O Acre usou um conceito conhecido como estoque (floresta) – fluxo (emissão) acoplado a estrutura de programas que já existiam no Estado que resultou num mecanismo mais justo de distribuição de benefícios gerados pelo SISA ”, explica Moutinho. “Esse modelo bem-sucedido de redução de emissão por desmatamento e degradação, que tem por base os conceitos de compensação por desempenho, o REDD, poderá ser replicado em outros Estados amazônicos e até mesmo em outros países.”

Os participantes do workshop também discutiram a continuidade dos programas ambientais e sua ampliação após todos os países aceitarem, na 21ª Conferência do Clima (COP 21), em dezembro, um novo acordo de redução da emissão de gases do efeito estufa. “O Brasil tem muito a ganhar neste novo cenário mundial, em que conservação da floresta caminha paralelamente à produção responsável em uma economia de baixo carbono”, afirma o diretor executivo do IPAM, André Guimarães, que também está em Rio Branco.

A participação no workshop encerra uma semana de visita da equipe do IPAM a projetos de manejo de recursos naturais e reuniões técnicas. No fim do evento, o IPAM lançou dois livros, “Desmatamento nos Assentamentos da Amazônia – histórico, tendências e oportunidades” e “Caminhos para uma Agricultura Familiar sob Bases Ecológicas: produzindo com baixa emissão de carbono”.

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