Por Lucas Guaraldo*
Pesquisadores apresentam dados de desmatamento, superfície de água e uso do solo no Cerrado, assim como os métodos utilizados para a coleta de dados sobre vegetação nativa durante o IV Workshop de Especialistas do Cerrado. Durante o evento também foram organizadas rodas de conversa, divididas por tema, para a coleta de sugestões e relatos de uso das plataformas da rede MapBiomas.
Segundo Julia Shimbo, pesquisadora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora científica do Mapbiomas, o estudo sobre o Cerrado é um tema amplo e fundamental para avançar os esforços de conservação no Brasil. Para Julia, além de apresentar os dados, debater com especialistas ajuda a entender as demandas e os desafios para a pesquisa científica no Cerrado.
“A gente tem discutido os processos de degradação, de desmatamento e a conservação no Cerrado como um todo para direcionar a tomada de decisões, mas também para apresentar os desafios que temos pela frente e a grande demanda de informação necessária para a preservação do bioma”, apontou.
A reunião de pesquisadores foi realizada no dia 17 de agosto, em Brasília, com o objetivo de discutir os resultados, oportunidades e desafios do mapeamento da cobertura, uso da terra e degradação no Cerrado. O evento foi organizado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em parceria com o Laboratório de Ecologia da UnB (Universidade de Brasília e o The Nature Conservancy.
Além de pesquisadores do IPAM e da Rede MapBiomas, o workshop também contou com a participação de Mercedes Bustamante, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
“Esse evento reuniu uma série de conhecimentos acumulados e novas informações que tem levado o conhecimento sobre o Cerrado a outro patamar. Hoje temos mais qualidade, mais acuidade, e esses esforços são extremamente relevantes nesse momento crítico das medidas de conservação no nosso país”, pontuou Bustamante, que faz parte do Conselho Deliberativo do IPAM.
O workshop também contou com a participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do clima e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins, Universidade de Brasília, Universidade do Estado de Mato Grosso e Universidade Estadual Paulista e técnicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Jornalista no IPAM, lucas.itaborahy@ipam.org.br*