O Fundo de Perdas e Danos foi aprovado, nesta quinta-feira (30), logo no primeiro dia da Conferência do Clima, a COP28, em Dubai. A ajuda financeira será destinada a países que estão sendo impactados com os eventos climáticos como secas, inundações e incêndios. Os países ricos fizeram um compromisso de aportar, até agora, pelo menos US$ 400 milhões – em torno de R$ 2 bilhões – que sairão dos cofres dos Emirados Árabes, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Japão.
“Países desenvolvidos ficam obrigados a contribuir financeiramente para reduzir os riscos, implementar estratégias de adaptação para que a gente possa reduzir ou mitigar as chances de perdas permanentes ou irreversíveis no âmbito também de populações indígenas e tradicionais da Amazônia. O fundo também irá contribuir no âmbito das florestas tropicais, que tem sofrido as consequências negativas do aquecimento global”, avalia Patrícia Pinho, diretora adjunta de pesquisa do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
A criação do fundo foi o principal resultado da COP27, em Sharm El Sheik, no Egito, no ano passado, e a rápida operacionalização é considera uma decisão histórica. A operação ficará a cargo do Banco Mundial pelos próximos cinco anos e começará a ser pago a partir de 2024.
O presidente da COP28, Sultan Al Jaber, quer fechar a conferência com a aprovação do GST (Global Stocktake), balanço geral do Acordo de Paris, que vai determinar o que foi feito e o que falta ser feito pelas nações para cumprir o compromisso para limitar o aquecimento global a 1,5º se comparado aos níveis pré-industriais.
Retomada do protagonismo
O Brasil volta, este ano, à mesa do debate da COP munido de dados de redução do desmatamento e com o compromisso de reduzir 53% das emissões até 2030. Foi apresentado também o Plano de Transição Ecológica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da conferência e, durante o discurso, frisou 2023 como o ano mais quente dos últimos 125 mil anos, lembrou do não cumprimento do financiamento climático de US$ 100 bilhões por ano e defendeu uma ação efetiva das nações para combater o aquecimento global. “A ciência e a realidade nos mostram que, desta vez, a conta chegou antes. O planeta já não espera para cobrar da próxima geração”, enfatizou.
O IPAM está presente na COP28. Acompanhe a agenda de atividades pelo site ou pelas redes sociais.
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Crédito da imagem destacada: Entrada da COP28 em Dubai – Sara R. Leal