COP28: financiamento climático tem desafios que superam a oferta de dinheiro 

9 de dezembro de 2023 | Notícias

dez 9, 2023 | Notícias

Os desafios além da oferta de dinheiro para ações de combate às mudanças climáticas foram o tema do painel “Financiamento climático e mecanismo de cooperação para o desenvolvimento sustentável e a conservação da floresta”, organizado neste sábado (9) pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), no Hub da Amazônia, na COP28, em Dubai.

Mirey Atallah, chefe do Departamento de Natureza para o Clima do Pnuma, enfatizou que a discussão sobre o dinheiro faz parte da negociação entre os países, mas os valores sempre são insuficientes.  “Se olharmos os números, a ambição dos países são de 100 bilhões de dólares por ano, mas a necessidade de financiamento florestal é de 7 trilhões de dólares”, comparou.

Richard Ridout, chefe do departamento de mudanças climáticas e energia da Embaixada do Reino Unido no Brasil, há esforços para melhorar a oferta de recurso como com iniciativas como o Fundo Amazônia, mas há desafios. “Abrange essencialmente o clima, com os compromissos climáticos; a preservação das florestas; a agricultura regenerativa; o uso de energia renovável e, por fim, o financiamento”, enumerou.

Eugênio Pantoja, diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM, apontou que falta capacidade para o recebimento de recursos. “Não adianta ter os bilhões disponíveis se não tem onde alocar. Porque não tem a estrutura, não tem capacidade técnica, não tem arranjo de governança, não tem a segurança jurídica “, afirmou.

“Fracassamos em mobilizar e redirecionar recursos na magnitude do desafio e remunerando os resultados já alcançados”, complementou Juliana Santiago, vice-presidente da Emergent e da Coalização Leaf.

Gabriel Labbate, chefe da Unidade de Mitigação Climática e Líder da Equipe Global do Programa UN-REDD do Pnuma, afirma que o financiamento não vai acontecer por boa vontade e que não precisa ser valorizado ou desvalorizado. “Medidas de comando e controle podem ser mantidas ao longo do tempo. Mas a sustentabilidade de longo prazo depende que a floresta amazônica tenha mais valor em pé do que queimada ou cortada”, avaliou.

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