Policy brief apresenta dados sobre o monitoramento da qualidade do ar na Amazônia Legal. Com mais de 187 sensores de baixo custo instalados em todos os estados da Amazônia Legal, a Coalizão Respira Amazônia, da qual o IPAM faz parte, entrega dados para tomadores de decisão naas esferas efederais, estaduais e municipais a fim de estruturar parcerias entre o poder público e orgaanizações do terceiro setor.
Com o recorde de queimadas no bioma amazônico, acompanhados de uma sequência de secas históricas, cidades no coração da Amazônia registraram a pior qualidade do ar de todo o Brasil. Segundo o relatório World Air Quality, 13 das 38 cidades com a pior qualidade do ar do país estão localizadas na Amazônia Legal.
“As áreas com o ar mais poluído do Brasil estão justamente no coração da Amazônia por conta das queimadas. Essa é uma agenda fundamental pro Brasil. Estamos acostumados a falar da qualidade do ar em grandes cidades por conta da queima de combustíveis fósseis e a indústria, mas não falamos da poluição no interior da floresta”, destacou Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM e umas das autoras do documento.
Além dos impactos das queimadas, o policy brief destaca os efeitos da baixa da qualidade do ar no modo de vida dos povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia. Apesar de viverem em áreas preservadas, o ar poluído pelas queimadas tem tido sérias consequências na saúde, no desenvolvimento infantil e na rotina desses grupos. Também foram elencadas as dificuldades enfrentadas pela implementação das políticas públicas brasileiras no setor, em especial nos territórios de mais difícil acesso.