Proteger e adaptar os povos e comunidades amazônicas vulneráveis às mudanças climáticas, embora custoso, é a forma mais econômica de evitar o colapso ambiental e de proteger o Brasil de perdas ainda maiores decorrentes da crise climática, alerta policy brief elaborado por pesquisadoras do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Segundo o documento, investir agora em adaptação e na proteção dos ecossistemas, com foco nos povos indígenas e comunidades tradicionais da floresta, representa um custo menor do que os danos socioeconômicos projetados, reforçando a urgência de ações coordenadas para evitar um colapso ecológico e social na região.
As pesquisadoras reforçam que as ações exigem investimentos para garantir a resiliência socioeconômica frente à crise climática. Na Amazônia, as perdas econômicas ao longo dos 30 anos seguintes ao ponto de inflexão – momento em que a floresta não conseguirá se sustentar e entrará em colapso – podem chegar a 3,5 trilhões de dólares.