Alceo Magnanini, engenheiro agrônomo de 85 anos, único integrante ainda vivo da equipe técnica que elaborou o Código Florestal de 1964, apresentou em seminário as diferenças entre o código de 1965 e o atual código florestal.
Assista vídeo: http://bit.ly/vtXIWR
Um dos criadores do Código Florestal de 1965, Alceo Magnanini, participou no dia 21 de novembro do seminário A Mata Atlântica no ano internacional das Florestas, em Brasília, e apresentou a história da criação do antigo código Florestal, que colocou o Brasil como referência em proteção ambiental.
Os principais assuntos abordados por Magnanini foram o processo de criação do código de 64, bem como explicações de alguns pontos que estão sendo discutidos para as alterações da nova legislação, como alteração nas APPs e suas determinações, e o estudo aprofundado feito pela equipe técnica que criou o código.
Durante o seminário Magnanini disse também que o código de 1964 passou por um regime republicano, parlamentar e ditatorial para por fim ser assinado em 1965, e que este foi baseado na preocupação não só do solo em si, mas a preocupação do solo, da água, do microclima, da flora e da fauna e também a preocupação da sobrevivência do próprio homem.
Alceo diz ainda que estamos arriscando a nossa sobrevivência com as mudanças que estão sendo feitas na norma. “Estamos trocando um código feito através de estudo científico e pesquisas, por um código puramente legislativo. Não há indicação de cientistas, de referência ou sequer de autores que estão por trás das mudanças do novo texto.”
Não é código florestal coisa nenhuma, é um código agrícola. Nós estamos em um retrocesso absoluto, estamos na contra mão ambiental e em marcha ré, afirma Alceo Magnanini.
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