André Guimarães apresenta Agenda de Ação da COP30 para ONGs da Colômbia

21 de agosto de 2025 | Notícias

ago 21, 2025 | Notícias

André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), participou, nesta quinta-feira (21), em Bogotá, Colômbia, de um encontro com representantes de 20 organizações da sociedade civil colombianas para apresentar o Plano de Ação da COP30. A Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas será em novembro em Belém (PA).

O documento vem sendo construído, inclusive com a participação da sociedade civil brasileira, para servir como um legado da COP e apresentar soluções, baseadas no Balanço Global (GST, na sigla em inglês), voltadas à implementação de medidas já existentes que aceleram a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera.

André Guimarães apresenta Agenda de Ação da COP30 para organizações da Colômbia

Encontro, em Bogotá, reuniu instituições da sociedade civil que demonstraram interesse em participar das discussões sobre a agenda climática (Paula Alvarez Gaitan/CI Colômbia)

“Foi uma reunião extremamente produtiva. O que mais me impressionou foi o engajamento e a vontade da sociedade civil colombiana de participar efetivamente da agenda climática”, afirmou André Guimarães, também Enviado Especial da COP30 para a Sociedade Civil. “Tanto para corrida até Belém, quanto pós Belém, nós vamos ter que continuar sintonizados e dedicados a continuar implementando a agenda, apesar de todas as dificuldades geopolíticas e incertezas, mas o fato concreto é que o clima continua mudando e a gente tem que agir”.

Mecanismos financeiros

Durante a Cúpula dos Países Amazônicos, em Bogotá, foram apresentados também alternativas de financiamento climático que serão debatidas na COP30, como o TFFF, o Fundo Floresta Tropical para Sempre, que concederá incentivos aos países que adotem ações para prevenir o desmatamento e a degradação de florestas.

“Um aspecto que achei muito interessante foi que a presença maciça de grupos indígenas, apoiando o TFFF. Claro, tem seu interesse direto, que são aqueles 20% que serão alocados para as populações indígenas, mas o apoio desses grupos é extremamente importante para se conseguir capitalizar e botar em operação esse ambicioso mecanismo financeiro”, avaliou André Guimarães.

O financiamento climático tem sido o principal desafios das Conferências do Clima e ainda segue distante de um acordo para se chegar aos 1,3 trilhão de dólares por ano. Por isso, a necessidade de se encontrar outros caminhos.

“TFFF, REDD+, financiamento direto, compensações, investimentos, são mecanismos de conservação de florestas, que permitam a gente mudar o paradigma de uma floresta deitada valer mais do que uma floresta em pé”, pontuou.

Balanço Ético

Em Bogotá, o governo brasileiro divulgou o Balanço Ético Global (GES, na sigla em inglês), que trará, a partir de uma abordagem ética, as ações que ainda precisam ser implementadas em prol das mudanças do clima, respeitando conhecimentos da ciência e de povos e comunidades tradicionais, e alinhadas à meta do Acordo de Paris de reduzir em 1,5ºC a temperatura média do planeta, comparada aos níveis pré-industriais.

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