Presidência da COP30 pede que setor privado avance na transição climática

29 de agosto de 2025 | Notícias

ago 29, 2025 | Notícias

Anna Júlia Lopes*

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), solicitou que o setor privado integre a Agenda de Ação da COP e que avance “ainda mais” na transição climática. O apelo foi feito na 7ª Carta da Presidência da conferência, divulgada nesta sexta-feira (29).

“O setor privado já acelerou a transição de maneiras significativas, mas agora precisa avançar ainda mais, aumentando seu engajamento para tornar essa transformação uma realidade exponencial”, escreveu Corrêa do Lago. No documento, ele chamou “todos os líderes empresariais” para se unirem ao mundo em Belém, onde a conferência será realizada em novembro.

A carta destaca que as empresas que anteciparem as mudanças em prol do clima prosperarão ao aproveitarem as oportunidades que a transição em curso oferece. O embaixador definiu a COP30 como um momento decisivo para os negócios, em que o setor privado, em conjunto com outros atores, poderá moldar a futura economia global a partir da transição climática, que remodelará crescimento, empregos e investimentos.

“Para realizar plenamente o potencial da Agenda de Ação Climática, a Presidência da COP30 vê o setor privado como beneficiário da transição climática e parceiro indispensável para impulsionar sua implementação”, afirmou. A Presidência da COP30 informou que está mapeando iniciativas propostas nas conferências anteriores – sendo muitas delas lideradas pelo setor privado – para identificar sinergias e preencher lacunas nas negociações.

Corrêa do Lago declarou que, com a participação das empresas, serão avaliados os riscos relacionados ao clima para que sejam adotados planos de transição “críveis”. O embaixador disse ainda que, à medida que os países desenham as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), as empresas devem estar preparadas para atuar nessa transformação. “É por meio desse alinhamento que a colaboração público-privada poderá alcançar a escala e a urgência que a crise climática exige”, acrescentou.

A ação climática é definida como a “principal oportunidade de negócios do nosso tempo” e a carta defende que, em Belém, o setor privado terá a oportunidade de se engajar nas discussões com soluções, parcerias e investimentos.

“Ir a Belém é uma oportunidade de arregaçar as mangas, ouvir, aprender e somar-se ao espírito colaborativo do Mutirão Global. Esses diálogos críticos devem acontecer não apenas onde é fácil, mas sobretudo onde mais importa”, reforçou Corrêa do Lago.

*Jornalista do IPAM, anna.rodrigues@ipam.org.br

Crédito da imagem: Rafael Medelima/COP30



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