Mal começou o ano e pairam no ar dúvidas sobre o futuro da política brasileira em 2016 e seu impacto no cumprimento da promessa do país de reduzir a emissão nacional de gases estufa.
Uma reportagem publicada no site “Climate Home”, com o título “Plano climático do Brasil parado enquanto Rousseff cambaleia” (original em inglês), resume o problema.
Internacionalmente, o governo brasileiro apresentou no fim de 2015 um plano de metas – corte de 37% na taxa de emissão, em relação à registrada em 2005, em dez anos – e foi um importante ator para que um acordo internacional surgisse na COP 21, em Paris.
Já internamente, a realidade é de recessão econômica e crise política, com a administração central às voltas com uma ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o Congresso travado em cima dessa agenda e das investigações de corrupção.
“Depois do frisson relacionado com a COP 21, o debate nacional sobre como e quando o governo vai tocar o plano climático congelou”, disse o pesquisador sênior do IPAM, Paulo Moutinho, ao site.
O desafio deste ano é caminhar a Acordo de Paris internamente, com políticas consistentes de desenvolvimento sustentável, pois este é um acordo de nações, não de países ou de governos específicos. Leia aqui por que o Brasil não pode deixar a agenda climática parar.