As discussões em torno do desenvolvimento econômico da região Amazônica foram o tema do painel Amazônia Solução Climática: mecanismos financeiros para catalisar um futuro sustentável, nesta quarta-feira (13), na COP29, em Baku, no Azerbaijão, no Pavilhão do Consórcio da Amazônia, apoiado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Moderador do evento, André Guimarães, diretor executivo do IPAM, defendeu um modelo sustentável que garanta atividades econômicas focadas em garantias sociais e que facilitem o acesso aos recursos.
“É inconcebível desenvolvimento econômico com pobreza”, enfatizou.
Uma das soluções apresentada está relacionada ao crédito de carbono. Em setembro, de forma inédita, o governo do Pará, assinou um acordo que vai garantir R$ 1 bilhão com a venda de créditos de carbono. Helder Barbalho, governador do Estado, disse que o acordo inédito assegura um novo modelo econômico ao país.
“Estamos diante de uma nova commodity. O que foi o petróleo em algum momento será o carbono capturado da floresta. É uma conjugação de oportunidades. Seremos absolutamente independentes e autônomos pois teremos uma mercadoria necessária para as metas de neutralização. E só quem tem essa oportunidade batendo na nossa porta, somos nós”, afirmou.
Jo Maccrae, chefe de florestas do Reino Unido, enfatizou que há disposição por parte dos atores internacionais em trabalhar no apoio não apenas financeiro, mas em iniciativas que assegurem a transição energética em outros países.
“Temos que fazer tudo, em qualquer lugar, de uma só vez”, defendeu.
O painel contou com a presença de Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário; Mirey Atallah, chefe da seção de adaptação e resiliência do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente); Leonardo Carvalho, secretário de Meio Ambiente do Acre; Maurício Bianco, vice-presidente da Conservação Internacional; Nabil Kadri, Chefe de Desenvolvimento e Amazônia do BNDES; e Liége Correia, diretora de sustentabilidade da JBS.