Amazônia em chamas 3: O fogo e o desmatamento em 2019 e o que vem em 2020

22 de abril de 2020

abr 22, 2020

Ane Alencar, Paulo Moutinho, Vera Arruda, Divino Silvério

Com a época mais intensa de desmatamento na Amazônia se aproximando, é hora de fazer um balanço do que aconteceu na região em 2019. É hora também de colocar em curso estratégias de enfrentamento do desmatamento, que nos três primeiros meses deste ano aumentou significativamente e indica um cenário preocupante à frente. Para que as queimadas de 2019 não se repitam, é preciso que as escolhas certas sejam feitas. E agora.

*Atualização em 29 de abril de 2020, com correção em anexo 2.

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Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) com cacaueiro, além de serem uma alternativa para a recuperação de áreas desmatadas e degradadas da Amazônia, integram floresta e agricultura, ao mesmo tempo provendo serviços ambientais como a manutenção da biodiversidade, a manutenção do ciclo da água e do estoque de carbono, gerando uma externalidade positiva e passível de compensação. Mesmo colaborando com a manutenção destes serviços ecossistêmicos, ainda não é claro como os produtores destes sistemas podem ser recompensados. A compensação pelos serviços ambientais prestados poderia ser um estímulo para produtores optarem pela produção agroflorestal.

Assim, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um modelo para este tipo de compensação, no âmbito de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), a partir de cálculos considerando o estoque de carbono e sua relação com benefícios socioambientais em Sistemas Agroflorestais com cacaueiro, na região de influência da rodovia Transamazônica (BR-230). O mecanismo de compensação deve apresentar uma interação entre as dimensões social, econômica e ambiental de forma atrativa ao produtor e alinhada à conservação da floresta.

Este modelo poderá ser consolidado como um novo mecanismo de financiamento e desenvolvimento da Amazônia no âmbito de uma política de REDD.