Animais selvagens podem ajudar a recuperar áreas degradadas na Amazônia

2 de março de 2017 | Notícias

mar 2, 2017 | Notícias

A instalação de armadilhas fotográficas e a análise de fezes da anta têm ajudado pesquisadores a entenderem o papel de animais na dispersão de sementes e na recuperação natural de áreas degradadas da Amazônia.

O estudo feito pelo biólogo Rogério Libério na Fazenda Tanguro (MT), na transição entre os biomas cerrado e amazônico, avalia como esse mamífero presta o serviço ambiental ao se alimentar e caminhar livremente pela área. Para obtenção do mestrado na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), cuja tese foi defendida no fim de fevereiro, ele coletou e catalogou mais de 120 mil sementes de pelo menos 20 espécies.

Além das antas, outros animais foram capturados pelas câmeras: aves, veados, gato mourisco, onças, tatus e catetos já foram observados.

As armadilhas fotográficas foram instaladas em três pontos diferentes da fazenda: em uma floresta que não sofreu influência do homem (chamada de controle) e em duas áreas que já sofreram queimadas controladas (anuais e a cada três anos). Elas vão contribuir para levantamento populacional e monitoramento de médios e grandes mamíferos.

O projeto Tanguro, liderado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) funciona há mais de uma década e é atualmente o maior e o mais longo experimento com fogo controlado em florestas tropicais do mundo. Ele analisa as consequências da transformação da paisagem e a fragmentação do habitat.

A análise da diversidade de animais da região foi teve início com o pesquisador Oswaldo de Carvalho, detalhadas no livro “Os animais da Tanguro”, lançado em 2011 (disponível para download).

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